Embrapa conquista certificação internacional para análise de azeites
A classificação comercial alterada pela decisão de um painel certificado. “Se o painel concluir que o produto não atende à classificação com a qual está sendo comercializado, ele será reclassificado na categoria apontada pelo painel. Isso quer dizer que tem poder jurídico para a classificação comercial,” frisa o especialista.
O novo painel da Embrapa poderá prestar serviços ao Ministério da Agricultura (Mapa) na classificação de amostras de azeite para fins de fiscalização após obter a acreditação na norma ISO 17025, concedida pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). Este é o segundo painel certificado pelo COI no País; o primeiro foi o do Laboratório Federal de Defesa Agropecuária do Mapa, situado na capital do Rio Grande do Sul, estado com a maior produção nacional de azeite de oliva.
sanitária e a divulgação de boas práticas na produção de azeite, melhorando a qualidade geral dessa cadeia. “É necessário educar o setor produtivo, os consumidores, os produtores e empresas e a sociedade em geral, sobre o que são os bons e os maus atributos do azeite de oliva e como identificá-los.” Ela lembra que o Mapa disponibiliza uma página na internet para alertar os consumidores sobre riscos relacionados aos produtos mais sujeitos a fraude e falsificação, como o azeite de oliva, o feijão e o café torrado.
Como escolher e conservar azeites
A pesquisadora Daniela De Grandi aponta aspectos que os consumidores devem considerar para a aquisição de azeites. “Apesar de fatores como preço, disponibilidade — maior ou menor variedade de marcas em diferentes pontos de venda —, tradição da marca, país de origem, entre outros, dois pontos podem simplificar a decisão: a data de envase e suas características sensoriais, isto é, aromas, sabores e sensações perceptíveis pelo nariz e boca”, ensina.
A dica é identificar no rótulo o ano da safra e a data de envase, isto é, quando a azeitona foi colhida e quando o azeite foi engarrafado. Quanto mais jovem o azeite, mais fresco e preservado em suas características sensoriais e nutricionais pode estar o óleo; ao contrário do vinho, que ganha complexidade conforme envelhece.
Ao abrir uma garrafa de azeite, pode-se avaliar sua qualidade por meio de suas características sensoriais como o amargor e a picância. A picância é um tipo de ardência na garganta, mas não é quente como a da pimenta. “Azeites mais suaves e adocicados trazem notas aromáticas frutadas de banana, maçã, ou amêndoas e frutos secos, não tão picantes e não tão amargos”, relata De Grandi.
Scofano lembra que o azeite, como todo sumo natural, se deprecia com o tempo. Por isso eles não se guardam e precisam ser consumidos logo, pois não duram mais do que 18 meses, quando muito; normalmente, eles duram um ano. “Azeites devem ser conservados ao abrigo da luz, em temperatura em torno de 18 ºC a 20 ºC em um local fresco da casa e, uma vez aberto, deve-se consumi-lo, logo, em até 30 dias”, recomenda o especialista.
Fonte: Embrapa